Após mais de meia década de prisão e uma perseguição implacável pelos EUA, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, está livre e falando em prol da liberdade de expressão e dos direitos humanos. Sua liberdade é um alívio, mas a segurança de jornalistas como ele ainda está em risco.
Artículos publicados por: Chip Gibbons
é jornalista, que escreve oara Jacobin e The Nation. Ele também é o consultor político e legislativo para defender direitos e dissidências, as opiniões expressas aqui são suas.
Após quase 15 anos de perseguição, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está livre. É uma vitória que vale a pena celebrar. Mas a mensagem foi enviada: quando se trata de expor as transgressões de governos e corporações poderosas, nenhum bom feitor saí impune.
Desde 2007, o WikiLeaks desafia o poder ao revelar evidências de crimes de Estado, negócios políticos sujos e outros segredos. Seus esforços numa luta de trincheira digital provocaram severa repressão por parte do governo dos EUA e seus aliados.
Na batalha para extradição de Julian Assange no Reino Unido, os Estados Unidos estão reivindicando o direito de rastrear qualquer jornalista em qualquer lugar do mundo, prendê-lo, levá-lo ao país para jogá-lo em uma prisão.
Poucas pessoas podem dizer que suas ações ajudaram a fortalecer a liberdade de imprensa, acabar com uma guerra e derrubar um presidente. Daniel Ellsberg, que faleceu essa semana aos 92 anos, pode - porque ele fez exatamente isso.
As alegações de que Roger Waters, ex-vocalista do Pink Floyd, usou imagens antissemitas em shows recentes em Berlim são infundadas e fazem parte de uma campanha de desinformação. As acusações estão sendo reforçadas pela mídia e políticos que detestam sua militância em defesa da libertação palestina e sua crítica à OTAN.
O governo dos EUA está implorando ao Supremo Tribunal britânico para extraditar o criador do Wikileaks. Isso seria um desastre à liberdade de expressão e os direitos humanos, visto que as prisões americanas violam os direitos mais básicos de prisioneiros políticos como Assange.
A última audiência aumentou a chance de Julian Assange ser extraditado para os Estados Unidos. Todos aqueles que se preocupam em defender os direitos democráticos e a verdadeira liberdade de expressão deveriam defender o fundador do Wikileaks.
A esquerda sempre é queimada por representações genéricas de militantes radicais em Hollywood. Portanto, é uma surpresa bem-vinda quando o cinema mainstream resolve fazer justiça à história dos revolucionários, como no novo filme sobre Fred Hampton e os Panteras Negras.