O novo e assustador filme de Jonathan Glazer, “Zona de Interesse”, segue a vida de um comandante de Auschwitz em 1943, enquanto sua família ocupa-se de seus afazeres do dia-a-dia com os horrores do Holocausto do outro lado de um muro. É hipnotizante e perturbador.
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Há meio século, Amílcar Cabral pediu a um grupo de jovens cineastas da Guiné-Bissau que levassem a luta pela independência do seu país para o cinema. Agora, eles estão concluindo o projeto como uma homenagem a um dos maiores revolucionários de África.
A Jacobin se encontrou com o lendário diretor Ken Loach, aos 87 anos, para conversar sobre seu último filme, The Old Oak, a influência da Nova Onda Tcheca em suas obras e por que o cinema de Hollywood é antitético à experiência da classe trabalhadora.
Hoje em dia, a Itália pós-1945 é frequentemente apresentada como uma era de hegemonia antifascista. Mas a Itália da Guerra Fria não era nenhum paraíso para a esquerda — e os cineastas e escritores neorrealistas tiveram que resistir à censura da Igreja e à hegemonia da direita sobre a cultura do país.
A crítica celebrou o novo filme de Wim Wenders por sua representação de um humilde e contente limpador de banheiros japonês. Na realidade, trata-se de uma fantasia de escape — especialmente atrativa para os abastados.
Este ano marca o centenário de Mrinal Sen, um dos cineastas marxistas mais brilhantes da Índia. Seu trabalho combinava uma criatividade formal que rivalizava com a da "nouvelle vague" francesa com um compromisso inabalável de atacar as hipocrisias da elite indiana.
Mais um Oscar de “retorno à normalidade” após a pandemia — brevemente interrompido por uma declaração do diretor de Zona de Interesse, Jonathan Glazer, criticando o genocídio de Israel em Gaza — só demonstra o quão entediante até mesmo um “bom evento” pode ser.
A adaptação cinematográfica de Duna, a série cult de romances de ficção científica de Frank Herbert, está sendo lançada nos últimos anos. Com a sua mistura frequentemente reacionária de cinismo político, catastrofismo ecológico e orientalismo sinistro, Duna continua estranhamente atraente para o público de esquerda.
Desde a sua publicação em 1965, Duna tem sido reivindicado tanto pela direita como pela esquerda – mas as suas críticas políticas e ecológicas tornam o seu regresso às telas de cinema propício para uma análise sobre a era de crise capitalista em que vivemos.