Ao insistir em enquadrar a questão racial como “identitarismo”, parte da esquerda impede o debate sobre os vínculos entre raça e classe na estruturação do capitalismo dependente. Desfazer esse nó é essencial para retomar o debate sobro os rumos da necessária e imprescindível revolução brasileira.
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O jornalista, sociólogo e historiador radical Clóvis Moura nasceu neste dia em 1925. Ao enlaçar raça e classe, ele legou uma das mais originais interpretações da formação do Brasil. Forjadas nas lutas dos movimentos comunista e negro, suas teses são incontornáveis para a estratégia revolucionária hoje em dia.
O pensador revolucionário alemão Karl Marx completou 206 anos esse mês. Ao contrário do que alegam em alguns meios, inclusive na esquerda, ele esteve profundamente envolvido nas lutas antirracistas de sua época e sua crítica ao racismo como crítica ao capitalismo permanece incontornável e urgente até hoje.
Elon Musk não foi o primeiro magnata americano a cobiçar nossos recursos naturais, tentar intervir em nosso processo político e ter planos mirabolantes para a Amazônia. No começo do século XX, Henry Ford tentou erguer sua utopia industrial no coração da floresta, mas foi expulso pela revolta dos trabalhadores que, além de serem ultra-explorados, eram tratados com discriminação.
Em tempos de antirracismo performático, é na luta coletiva que podemos construir uma sociedade para além das amarras de raça e classe.
Samba é mais do que música e o carnaval não se limita a uma festa. Compreender o gênero que se tornou símbolo do Brasil como um movimento político é uma forma de resistência.
Silenciadas pela teoria crítica hegemônica, mulheres negras foram peças centrais na construção do movimento operário e do comunismo ao longo do século xx. Suas contribuições políticas permanecem fundamentais para uma práxis comprometida com o destino de toda humanidade.
Brasília é símbolo de um projeto nacional que aliou o colonial e o moderno como mecanismos de reprodução social. A sua lógica de segregação espelha e radicaliza a dinâmica da urbe brasileira e, por isso, entendê-la é fundamental na construção de alternativas desde os debaixo.
Os enunciados de Machado de Assis,
Pelé e MC Carol contra o caráter
duplo do racismo brasileiro.